À volta dos Best of the Web
1. Categoria: Museum Professional | Vencedor Museu Analytics
A intenção é boa: agregar num único espaço o índice de popularidade online e offline
dos museus de todo o mundo. Relativamente aos espaços online, no Facebook a popularidade é aferida pela soma dos Likes da página com os comentários, no Twitter pelo número de seguidores e no website pelos dados que o próprio museu insere na plataforma. Quanto às visitas ao museu, também pelos dados que este insere.
Bom, os números valem o que valem. Relativamente ao Facebook e Twitter a métrica é muito pouco fiável, como sabemos, mas a possível num projecto que quer escalar. Quanto aos restantes, numa crença muito em desuso: na palavra. Gosto.
O registo do museu na plataforma é aberto a todos os museus e gratuito. Para se registar o museu terá que ter um perfil no Twitter.
2. Categoria: Exhibition | Vencedor Brooklyn Museum Split Second: Indian Paintings
Quando em 2009 o Brooklyn Museum ganhou neste mesmo evento a maior distinção de todas: o Best Overall; o juri proferiu provavelmente uma das suas mais inspiradas prosas:
If it's about trying brave things out, then they win. If its about engaging with audiences in new ways, they win. If it's about changing the traditional balance of power between museum, audience and curator, then they win (…) If it's about failing sometimes, well, they win too - but that's part of the risk of what makes their stuff so good.... not just because of what they have done (fantastic site) but because they are pointing us in the direction we should all be taking in the futureRead.
E ficou tudo dito. E bem dito. Ainda em 2009, o Brooklyn foi o primeiro em mais duas categorias: On-line Community or Service, e Exposição.
No caso de Split Second: Indian Paintings, a exposição que o leva três anos depois a ganhar de novo o prémio da categoria, o que dizer?
Para além da imaculada finalidade: dar a conhecer online parte da colecção de arte indiana do museu, considerada uma das dez mais representativas dos EUA, os objectivos imediatos parecem-me pretensiosos e desinteressantes para um projecto desta natureza: inspirada no famoso Blink de Malcolm Gladwell, pretendia explorar como é que a reacção inicial a uma obra de arte é afectada pelo que sabemos, pelo que nos perguntam e pelo que sobre ela nos dizem. Se enquanto exposição propriamente dita a concretização tecnológica é confusa e a navegação pelas obras complicada, nunca lhes dando o enfase que merecem, a leitura dos resultados da experiência, que contou com 4,617 participantes, é desastrosa. Não sei se estou farta, se de má vontade, mas não posso deixar de perguntar: a quem servem estes resultados?
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